Crônicas do Zodíaco – Saint Seya || Capítulo 04 – Avante Pégaso!!



"Todo homem forte parece uma muralha impenetrável aos olhos de seus companheiros, mal eles sabem que ainda que um homem pareça com uma muralha... ele ainda é um homem” – excerto do Manual dos Cavaleiros.

Capítulo Quatro – Avante Pégaso!!

Não muito longe da arena, Aiolia e Marin olhavam juntos o combate. Intrigado com a destreza de Seiya, ele conversa com ela: – Seiya emana um cosmo que eu jamais senti vindo dele. Marin, como você conseguiu que ele atingisse tal nível?

Marin vê o pupilo lutando com tamanha destreza e logo se recorda do dia em que o pequeno Seiya chegou ao Santuário. Havia se passado nove anos desde aquele dia que as autoridades do Santuário haviam entregado Seiya para a tutela de Marin. Os dois - Seiya e Marin – se entreolharam por um tempo. Ele, curioso ao ver uma Amazona de perto.

– O que traz um garoto frágil como você aqui ao Santuário? – perguntou ela, olhando para ele.

– A armadura! – respondeu Seiya.

– A armadura? – perguntou ela.

– Sim! Quero levar a armadura para minha vila!

Movida pela curiosidade e intrigada pela forma tão firme que o garoto respondeu, Marin o questiona, mais uma vez: – O que você fará com a armadura? – Mas, o garoto deixa se esvair toda a firmeza, deixando a pergunta morrer no ar. Marin insiste que Seiya a responda, mas o garoto continua sua recusa.

– Não posso dizer! – responde ele.

Alguns poucos dias haviam se passado e Marin já havia dado início ao treinamento com o menino Seiya. No primeiro dia, ela colocou o garoto para quebrar uma rocha duas vezes maior que ele. De primeira, o Seiya negou. Mas, aos poucos ele foi se envolvendo e desenvolvendo um relacionamento com Marin e aderindo treinamento, mesmo não sendo capaz de realizá-los como ela queria, e sem tirar seu objetivo da mente. À medida que os anos passavam, Marin ia intensificando o treinamento cada vez mais e Seiya, para não morrer, tinha que se adaptar, enquanto ia aprendendo sobre as constelações e a filosofia do cosmo.

Uma das primeiras lições que os aspirantes a Cavaleiros aprendiam era sobre o cosmo: a energia por trás de toda força do Santuário e de todos os Cavaleiros de Atena. Ouro, prata e bronze compartilhavam a origem do mesmo poder; assim como uma pedra, um corpo, uma estrela e tudo que existe é formado por átomos. E para que os aspirantes tivessem êxito em suas habilidades eles tinham que aprender a controlar o cosmo em seu interior. E assim foi, aos poucos e engatinhando lentamente em seu treinamento, Seiya foi aprendendo, mesmo com dificuldades, e tentando desenvolver suas habilidades da forma que podia para sobreviver entre altos e baixos no ambiente tão extremo que é o Santuário. Até o dia que ele enfrentaria o seu pior e mais letal rival sanguinário, Cássios, o gigante.

...

Os gritos de Cássios ainda podiam ser ouvidos por todos que acompanhavam o combate e Seiya simplesmente olhava seu rival, tentando estancar seu sangramento. Sem entender como Seiya havia cortado sua orelha sem ter tempo para reagir, Cássios passava, então, a sentir uma dor que ele nunca havia experimentado em um combate como outro aspirante. Pela primeira vez, sua arrogância havia se transformado em uma enorme poça de sangue.

– E, aí, Cássios? Que parte do seu corpo eu devo cortar agora?

– Seu filho da mãe! – gritou o gigante. – Eu vou matar você!

Seiya era um rebelde e impulsivo. Mas, sua esperteza era algo que se destacava em sua personalidade. Ele sabia que provocar a autoconfiança de seu oponente o desestruturaria na luta e foi isso que ele fez. Ao ver o gigantesco corpo de pura fúria e ódio disparando em sua direção, Seiya logo viu outra chance de desferir outro ofensivo golpe no abdome de Cássios, que com a força do golpe foi lançado para trás, vertiginosamente, para o chão. A arquibancada vibrou com a queda do gigante. Cássios logo se colocou de pé, olhou apressado para Seiya que estava esperando ele se recompor.

– Mas como?!! Eu sempre te venci facilmente! Em todos esses anos você sempre perdeu para mim! Logo hoje que posso te matar você parece outra pessoa...

Antes que Cássios pudesse organizar seus pensamentos Seiya avançou cegamente em sua direção, acertando múltiplos golpes na barriga, no peito, no nariz e nos braços; seus golpes eram como meteoros ardentes que caíam como bombas destroçando o corpo de Cássios, até cair como uma fruta podre no chão.

– Então, Cássios... admite sua derrota? Apesar de você não merecer, eu vou poupar sua vida.

Na arquibancada, Aiolia continuava a conversa com Marin: – É de se admirar. O garoto tem garra. Consegue colocar todo o seu espírito em seus punhos.

– Seiya sempre foi assim, uma caixa de surpresa – retrucou Marin.

– Com a mestre que teve não é uma surpresa para mim. – Marin ignorou o comentário de Aiolia e continuou a observar a luta.

...

O combate no coliseu continuava e Seiya - assim como todos que olhavam o desenrolar da luta - já contava com a vitória. Mas, Cássios, cujo sangue fervia por causa de Seiya, renovou suas forças tirando de dentro de seu coração odioso e avançou em direção de Seiya que, surpreendido, foi lançado para longe.

– Você não vai ficar com a Armadura de Bronze, Seiya! – berrou Cássios, com a voz quebrando em ronquidão.

Seiya logo se recuperou o impacto apoiando os pés no chão; sem muito tempo para se firmar no chão ele se esquivou em um grande salto para o lado. Cássios, louco de ódio, armou um poderoso soco reunindo do seu mais profundo e poderoso ódio, no intuito de acabar com o rival de uma só vez. O ódio havia dominado seu corpo, agora só havia ele e sua vingança.

– Um estrangeiro de terras longínquas como você não merece trajar uma armadura do Santuário! Morra infeliz!

– Cássios!! – gritou Shina.

– Seiya!! – gritou Marin.

Para a surpresa de todos, a fúria de Cássios não foi suficiente para quebrar a confiança de Seiya. Todos puderam ouvir o barulho do poderoso soco do gigante ser bloqueado por uma das mãos de Seiya. – Desista Cássios! Você mal sabe o que é ser um Cavaleiro, não é digno de trajar uma dessas armaduras. Seja ela qual for. – Os olhos de Seiya esboçavam tanto vigor que Cássios estremeceu e seu rosto, que ainda sangrava em certa quantidade, foi dominado, pela primeira vez, por uma expressão de temor.

– Será que, pelo menos uma vez, sentiu a grandiosidade de um universo dentro de si?

– Um u-uni...verso? – Marin olhou para Seiya, e viu que seu pupilo havia se lembrado do dia que ela havia lhe ensinado sobre a base da técnica dos Cavaleiros, que era sempre ligada com a criação do universo, por meio de uma grandiosa explosão de energia, gerando a menor partícula de matéria: o átomo, que, por sua vez, gerou tudo que existe, até mesmo as estrelas mais brilhantes no céu.

– Seu corpo Cássios, é um micro-universo, nascido da Grande Explosão! É ela que nos dá força para controlar o cosmo e nos tornar Cavaleiros – explicou Seiya. – Então, vou repetir pela última vez! Desista! Você perdeu!

– Nunca! – A voz de Cássios saiu aos brandos.

Shina, que observava Cássios sem entender como seu mais valioso pupilo podia perder o controle da luta de uma forma tão rápida e fácil para o pupilo rebelde de Marin. Cássios, sem dúvida, era, até então, o mais adequado, na visão da Amazona, para ocupar uma posição entre o exército de Atena, ninguém havia sequer derrotado em um combate oficial. A arquibancada inteirar estava de boca aberta, era a primeira vez que todos viam Cássios naquela condição de derrotado. – Olhem só! Cássios realmente vai perder para o Seiya! – gritou alguém na platéia.

– Olhem! – gritou outro, mais alto.

A atmosfera em volta de Seiya começou a ficar pesada e compacta. O corpo, machucado e ainda com cortes sangrando, começou a arder aumentando sua temperatura à medida que ele gesticulava os punhos movimentando suas mãos ao redor do corpo. Shina, ao observar a movimentação de Seiya, imitando os traços dos pontos das treze estrelas da constelação de Pégaso, soltou um grito de alarde: – Cássios, rápido fuja!!! – Tarde demais. Uma grande e poderosa energia brilhou na frente de Cássios, enquanto Seiya gritava aos ventos:

– Meteoro de Pégaso!!!!

[nota: uau!]

Próximo Capítulo – Armadura de Pégaso

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