Crônicas do Zodíaco - Uma História no Santuário || Capítulo 04 - A Pedra que Desperta o Cosmo

Capítulo Quatro - A Pedra que Desperta o Cosmo

Seiya se levantou e se colocou de frente para Naila. Seus olhos estavam intensos e expressivos. Só havia apenas mais uma pedra no chão. E com ela, sua última chance de executar o desafio de destruir uma das pedras em pleno ar.

Naila disse ele. Jogue a última pedra.

Seiya. Você quer tentar de novo preocupou Helio , mas você já está muito machucado.

Naila observou Seiya. E notou que algo havia mudado em seu interior. Retrucando Helio ela disse: Helio. Deixe-o. E pegue a pedra... pegue a última pedra.

Ele a obedeceu. E em poucos passos entregou a pedra aos seus punhos.

Será a sua última chance Seiya. Tenho coisas a fazer e não posso perder meu tempo aqui. Se quer realmente sair desse lugar como mostra, precisa superar seus limites como a Marin te ensinou por todos esses anos em que você esteve sobre esse solo. Então? Ela firmou a pedra entre os dedos e se preparou.

Seiya, você consegue estimulou Helio.

Seiya esvaziou seus pensamentos e a imagem de Seika, sua irmã, surgiu em seu interior. O motivo dele estar aprisionado no Santuário ainda era desconhecido por todos, mas o motivo que ele tinha consigo, e que era sua força para se opor às adversidades e desafios daquele lugar, ela rever sua irmã. Ser um Cavaleiro, por mais que ele não sabia o que isso queria dizer de verdade, era a pedra em seu caminho. E ele tinha que destruí-la para seguir em frente.

Ele olhou para a pedra. E Nalia se preparou.

O movimento foi rápido e sem esforço, assim como os outros. A pedra subiu em uma trajetória parecida com as outras duas. As pupilas de seu olhar seguiam a pedra enquanto ela subia, até seu corpo lhe mostrar o momento certo de agir. A chance era a última e, como em uma batalha, não podia ser desperdiçada. E ele agiu. Passo depois de passo, seu corpo foi se movendo. E a cada passo sua velocidade ia aumentando enquanto a pedra ia subindo. Por um momento sua atenção inteira se voltou somente para a pedra e a voz de Naila ressurgiu em sua mente: “Seja o guerreiro que esperamos que você seja...”.

Seiya se elevou no ar, após um belo e firme salto sobre uma das pedras no chão. E a pedra, prestes a atingir o apogeu de sua força, continuava também. A imagem de Seika se materializou em sua frente, mais forte que antes. E ele gritou:

Seika!

Com o grito, o corpo de Seiya despertou uma força que ele nunca havia despertado antes em seu treinamento. Como se um universo de poder havia forjado uma nova força para seu interior. Seu punho reluziu e uma luz azul o envolveu. Como um cavaleiro que empunha sua espada para o desafio, ele avançou. Seu corpo ganhava movimento e a distância entre ele e a pedra se encurtava. Com o olhar firme, permanentemente ele continuou.

Seiya... expressou Helio, impactado.

Naila, após olhar o punho dele, também se expressou: Aquela áurea. Aquilo é um cos...

Naila, ele vai conseguir!

Seiya avançou com força e a pedra entrou no seu apogeu. Quando o punho direito dele reluziu de forma mais intensa ele a acertou, chocando seu corpo contra a rocha. Cerca de quatro metros o separava do chão, quatro vezes mais do que anteriormente.

A pedra explodiu no ar. Seus pedaços se espalharam para todos os lugares. E um há um caíram no chão. Seiya, ao sentir aquele poder pela primeira vez, desfaleceu, antes que pudesse voltar ao chão.

Ele vai cair! gritou Helio. Mas antes de expressar novamente preocupação, Helio viu Naila se mover com sua velocidade sobre-humana e apanhar seu amigo, antes que o chão o fizesse isso de uma forma mais brusca e dolorosa.      

Naila o colocou no chão e reparou os pedaços de pedregulhos em volta deles.

“Ele conseguiu...” pensou ela.

Naila, ele está bem?

                                    ...                                         

Alguns minutos haviam passado. Seiya aos poucos despertava. E como primeiro gesto abriu seu olhar, depois, respirou fundo. Na sua frente, Naila e Helio o aguardavam para recobrar sua consciência e aos poucos isso ia acontecendo. Helio estava mais próximo e mais inquieto também.

Seiya!

Acalma-se Helio retrucou Naila. Deixe ele despertar.

Seiya despertou. E aos poucos sua consciência reencontrou o equilíbrio.

O que aconteceu? Respirou fundo, e de forma rápida, inclinou seu corpo para frente. Olhou para cima. A pedra! E, olhando para o céu, se levantou de forma rápida se preparando como se algo tivesse prestes a cair.

Pare Seiya gritou Helio. Já aconteceu. Você conseguiu.

Eu... consegui? Mas a pedra... não me lembro.

Mais à frente vinha Naila. Muito bem Seiya. A Marin fez um belo trabalho com você. Se ela estivesse aqui teria orgulho de seu aspirante.  

Mas, eu não me lembro como eu destruí aquela pedra. E também não sei como.

Hum Naila expressou. Não adianta te explicar sobre o cosmo. Parece que esses conceitos não entram fácil em sua cabeça. Deixarei isso com a Marin.

Naila, como você fez o Seiya fizer aquilo?

Não foi eu Helio. Seu amigo, e companheiro, de treino tem uma ótima mestra. Nada que eu o ensinasse aqui o faria desenvolver essas habilidades do nada e em poucos instantes. Foi devido ao treinamento dele com a Marin que seu corpo reagiu aos estímulos que o desafio das três pedras lhe proporcionou. Se a Marin estivesse aqui o treinando ele com certeza também despertaria o cosmo com os mesmos estímulos.

“Marin...”

Naila. Quero fazer como o Seiya! Só assim serei o Cavaleiro dentro do Santuário. Destruirei todas as pedras com os meus punhos.

Você vai, Helio. É pra isso que eu estou te treinando.

Helio riu. Mas, logo sua atenção foi desviada por uma estranha movimentação longe dos três. Movimentação essa que conseguiu atrair toda sua atenção. Sua expressão determinada logo cedeu espaço para uma que exibia olhos de admiração. E ele continuou olhando, admirando com atenção.

O que foi Helio? questionou Naila. Que intrigada, também olhou para trás.

Seiya também.

Uma raposa disse ela.

Você gosta mesmo de raposas, não é? observou Seiya.

Elas são fortes e determinadas. Assim como eu serei quando me tornar um Cavaleiro.

A raposa, ignorando a presença deles, logo tratou de sumir, da mesma forma que apareceu, rápida e discreta. Naila se voltou para eles novamente.

Quem sabe sua conexão com esses animais, seja mais forte que você. Helio estranhou. E sem entender o que sua mestra estava tentando lhe dizer a questionou:

Como assim?

Ela riu.

Acalme-se. Não é hora de te dizer sobre isso ainda. Ela se virou para Seiya. E você. Volte para o alojamento e procure descansar. Marin deve passar algum tempo fora do Santuário ainda. Ela e Shina estão em uma missão. Então você aguarde sua mestra e ver se fica fora de confusão. Sem mais delongas, Naila deixa os dois sozinhos entre as pedras e pedregulhos.

Seiya. O que você acha que ela quis dizer com minha conexão com as raposas?

Seiya, agora mais relaxado, ainda se recuperava de seu abrupto treino do dia. Eu não sei. Só que você adora esses animais. Talvez ela jogue raposas para o alto para você pegar brincou ele. 

Seiya! retrucou Helio.  Você também deve ter um animal que goste mais.

Após refletir por alguns poucos segundos, ele responde: O meu tem asas...

Como que você conseguiu aquilo Seiya? Eu falo do soco, naquela altura e com aquela força.

Eu não sei bem. Não me lembro. Pensei em alguém que eu goste muito e em sua importância para mim. E foi como se meu punho ganhasse vida.

Alguém importante? Todos temos, não é...

Seiya apertou o punho que a pouco explodia a pedra. E olhando para o céu firmemente, refletiu alto:

Um dia eu ainda vou reencontrá-la. Custe o que custar.        

Fim. 

Agradecimentos

Aos Cavaleiros que chegaram aqui. Obrigado por lerem essa história do Universo de Crônicas do Zodíaco. Foi uma obra pequena, mas escrita com muito carinho e empenho. Eu percebo que estou melhorando na forma de contar as histórias. À medida que as histórias vão saindo, eu vou aperfeiçoando a forma de produzi-las e de contá-las. Gosto muito desse universo e ele está me ajudando nesse processo de aprender a escrever. Se quer alguma história com alguns personagens de CDZ, deixe seu pedido nos comentários. Obrigado. E até a próxima.                      

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